A Secretaria Municipal de Educação, através do Departamento de Educação e da Divisão de Educação Especial, realizou nesta sexta-feira, dia 10, uma palestra sobre Transtorno do Espectro Autista, no auditório da Escola Municipal Lino Oroña, na Tijuca. O tema foi abordado pelo médico neuropediatra Heber Maia, que atua na área de transtornos do desenvolvimento.
Reunindo coordenadoras e orientadoras pedagógicas da rede municipal de ensino, a atividade teve como objetivo capacitar as educadoras, através da troca de informações e de experiências, para que elas atendam adequadamente os alunos com necessidades educacionais especiais, garantindo uma educação inclusiva.
“Nós percebemos, em estudo realizado no ano passado, a necessidade de realizar uma atualização na área de Educação Especial. Esse é um tema muito diversificado e que exige um olhar peculiar dos nossos professores, pois hoje a rede municipal trabalha totalmente voltada para a inclusão de todos os nossos alunos”, frisou a secretária municipal de Educação, Eveline Cardoso.
A rede municipal tem cerca de 700 estudantes com necessidades educacionais especiais. Desses, aproximadamente 150 são atendidos em 13 salas de recurso multifuncional, distribuídas em várias escolas da rede.
“Os professores devem identificar as habilidades desses alunos e, junto com o orientador pedagógico, fazer uma adaptação curricular, para que os estudantes participem das atividades em sala de aula. Isso é inclusão”, pontuou Cláudia Jaconianni, chefe da Divisão de Educação Especial.
“As escolas recebem um número expressivo de crianças com quadro inclusivo, e é uma diversidade muito grande. Então, com uma atualização como esta que a Secretaria de Educação está nos ofertando, nós vamos poder atender melhor a clientela que está chegando às escolas, muitas vezes sem diagnóstico”, opinou a orientadora pedagógica Luciana Ribeiro, da Escola Paulo Freire, no Vale do Paraíso.
O tema
Transtorno do Espectro Autista (TEA) inclui vários transtornos relacionados a desordens no desenvolvimento do cérebro. As pessoas com TEA têm dificuldade de se socializar, atraso e/ou dificuldade de linguagem e de comunicação, comportamentos repetitivos e, em alguns casos, agressivos.
O assunto foi desenvolvido pelo médico neuropediatra Heber Maia. Mestre em Medicina na área de Neurologia e doutor em Psiquiatria pela UFRJ, ele também é pesquisador do Programa de Pós-graduação em Neurologia/Neurociências e de Pós-graduação em Saúde Materno-Infantil da Universidade Federal Fluminense. Para ele, o professor deve estar apto a entender as diferenças do desenvolvimento infantil, a fim de garantir uma aprendizagem adequada aos alunos.
“Se o professor não entende a forma como abordar esse aluno, como interagir com essa criança, não haverá aprendizagem. Então, passar esse tipo de conhecimento para o educador é essencial. Principalmente porque a escola é o lugar onde a criança passa boa parte do tempo. Muitas vezes será o profissional de educação que vai detectar os primeiros sinais do autismo e que vai solicitar encaminhamento para uma avaliação”, explicou o especialista.
Fotos: Jorge Maravilha/AscomPMT
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