Pesquisador Carlos Melo-Carneiro participou de uma das descobertas recentes mais impressionantes da astronomia, um buraco negro com 36 bilhões de massas solares

O teresopolitano Carlos Roberto Melo-Carneiro, aluno da Rede Municipal de Ensino e do Colégio Estadual Higino da Silveira, durante o Ensino Médio, tornou-se cientista e liderou, recentemente, a equipe que descobriu um buraco negro com 36 milhões de massas solares.  A história de Carlos Roberto, Betinho para familiares e amigos, doutorando do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), merece ser propagada para que tenhamos certeza de que vale a pena a dedicação aos estudos e que a Educação pública muda histórias!

“A história do Betinho é um belo exemplo de que investir nos estudos sempre vale a pena e mostra que a parceria aluno dedicado e professores engajados e apaixonados pela arte de ensinar é capaz de trazer resultados incríveis, transformar a vida dos nossos alunos, realizando sonhos e levando-os muito além do que poderiam imaginar”, comemorou a Secretária de Educação, Carla Rabello.

A Secretária aproveitou para fazer um agradecimento a professora Adriana Coutinho, diretora do Higino da Silveira, e toda a sua equipe docente. Em especial, as professoras Márcia Maria e Maria Rita, que há anos se dedicam a preparar os estudantes para o PISM (Programa de Ingresso Seletivo Misto), processo de avaliação seriada que busca maior interação entre o Ensino Médio e o Superior, oferecido pela UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora).

“Essas professoras acreditam que os estudantes da escola pública têm chances reais de ingressar na universidade pública. Há mais de dez anos, reúnem grupos, ajudam nas inscrições e levam até os locais das provas, orientando e cuidando para que tudo transcorra de maneira bem sucedida. Esta iniciativa contribuiu de forma decisiva para que o Carlos Roberto se tornasse cientista”, enfatizou Carla Rabello.

A diretora do Colégio Higino da Silveira, Adriana Coutinho, também demonstrou seu orgulho pela conquista do aluno. “Betinho foi meu aluno no Higino da Silveira, no Ensino Médio, e nosso aluno na Rede Municipal, durante todo o Ensino Fundamental. Integrante do programa PISM, da UFJF, batalhador, dedicado, morador, à época, da comunidade Poço dos Peixes, em Três Córregos, no interior. Passou junto com o grupo do colégio, em 2015, para a graduação em Física, na UFJF.  No ano passado, foi selecionado pela CAPES para bolsa de estudos na Europa, já como doutorando. É um imenso orgulho para a Rede Municipal, para o Higino da Silveira e para Teresópolis!”, declarou Adriana Coutinho.

O portal ‘Olhar Digital’ publicou, no último dia 28/02, uma matéria sobre a descoberta, com uma entrevista com o pesquisador. Durante a entrevista, Carlos Roberto respondeu se a descoberta do buraco negro muda algo no nosso entendimento sobre o universo e o nosso lugar nele.

“Eu diria que essa descoberta acrescenta mais uma peça ao quebra-cabeça que estamos montando sobre o Universo. O que observamos, e que já havia sido sugerido anteriormente, é que algumas galáxias abrigam buracos negros supermassivos ainda mais massivos do que se esperava. Até então, apenas uma meia dúzia desses buracos negros ultramassivos havia sido detectada. Nossa descoberta não apenas expande essa lista, mas também reforça a hipótese de que esses buracos negros podem ter evoluído de maneira distinta, uma vez que sua massa excede as expectativas”.

A matéria completa sobre a descoberta de Carlos Roberto Melo-Carneiro pode ser conferida em https://olhardigital.com.br/2025/02/28/ciencia-e-espaco/brasileiro-lidera-descoberta-buraco-negro-ultramassivo/

Foto: Arquivo Pessoal