Teresópolis participa de lançamento do programa de linha de crédito para cultivo do lúpulo na Região Serrana

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Evento aconteceu no Palácio Guanabara. Prefeito Vinicius Claussen participou com governador Wilson Witzel.

Um importante passo foi dado nesta quarta (17), com o objetivo de gerar empregos e desenvolver economia do estado do Rio e, em Especial, a Região Serrana: o lançamento do programa de linha de crédito do Banco do Brasil para o cultivo do lúpulo na Serra Fluminense. O evento aconteceu nesta quarta (17), no Palácio Guanabara. O Rio de Janeiro é o primeiro estado do país a conseguir registro para operar crédito rural destinado à exploração do lúpulo. O lúpulo também tem outras aplicações como, por exemplo, na indústria farmacêutica, fabricação de cosméticos e na produção sucroalcooleira (transformação da cana em açúcar e álcool).

“O evento marcou o lançamento do programa e o entendimento da importância do lúpulo para a agricultura e o desenvolvimento do estado do Rio e da nossa região. E Teresópolis está sendo protagonista nesse movimento porque tem o único viveiro do país autorizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a produzir e comercializar mudas de lúpulo”, mencionou o Prefeito Vinicius Claussen, que estava acompanhado do secretário de Trabalho, Emprego e Economia Solidária, Vinicius Oberg.

Além disso, o prefeito ressaltou que existem projetos tramitando na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e no Congresso Nacional, em Brasília, nos quais Teresópolis tem boa chance de se tornar capital estadual e nacional do lúpulo. Em Brasília, a Comissão de Constituição e Justiça já emitiu parecer favorável. O próximo passo será a votação em plenário para que a cidade tenha o título de Capital Nacional do Lúpulo.

O Programa de Financiamento

Durante o lançamento do programa, nesta quarta (17), no Palácio Guanabara, o governador Wilson Witzel mencionou que equipes da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento realizaram visitas técnicas em propriedades rurais da Região Serrana, onde observaram grande potencial para o cultivo do lúpulo no estado.

O Rio de Janeiro foi pioneiro em conseguir, junto ao Banco Central, registro para operar o crédito rural para atender a demanda nacional do importante ingrediente da cerveja, responsável pelo aroma e sabor amargo característico da bebida.

Com a estimativa de disponibilizar R$ 600 milhões, a linha de crédito do Banco do Brasil é ofertada para pequenos e médios produtores associados à Rota Cervejeira da Serra Fluminense. Atualmente, cerca de quatro mil toneladas do lúpulo utilizadas no mercado brasileiro são importadas do Hemisfério Norte, ao custo de mais de R$ 200 milhões.

“O Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, atrás apenas da China e dos Estados Unidos. Desde 2016, produtores de cervejas artesanais da Região Serrana Fluminense já têm produzido o lúpulo, mas ainda não em escala comercial. O reconhecimento do lúpulo como cultura viável no estado é uma das nossas prioridades para ajudar na revitalização da nossa economia”, afirmou o secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca, Eduardo Lopes.

Teresópolis tem condições climáticas favoráveis para o cultivo

As condições climáticas de Teresópolis são favoráveis para o cultivo de lúpulo e produtores rurais já têm investido na produção. Estudos mostram que há uma tendência do lúpulo florescer três vezes ao ano na Serra Fluminense, enquanto que, no Hemisfério Norte, só uma vez anualmente.

“Em Teresópolis, já temos quatro plantações de lúpulo, que é a matriz agrícola de maior valor agregado do mundo. Quando se une a um agente financeiro, como o Banco do Brasil, com linhas atrativas para financiar o lúpulo, o agricultor começa a ganhar confiança com a nova matriz na sua plantação”, concluiu o Prefeito Vinicius Claussen.

Lúpulo: além da cerveja

Além da cadeia cervejeira, o lúpulo também tem outras aplicações como, por exemplo, na indústria farmacêutica, fabricação de cosméticos e na produção sucroalcooleira, três segmentos com alta capacidade de crescimento e de estabelecimentos de novas linhas de trabalho dentro do estado do Rio de Janeiro.

Foto: Divulgação