Com o tema ‘Alfabetização e Literatura: encontros e possibilidades de Inclusão’, evento reuniu cerca de 500 professores da Rede de En
Com o objetivo de valorizar a atuação imprescindível dos professores alfabetizadores na garantia dos direitos às aprendizagens das crianças da Rede Municipal de Ensino, aconteceu nesta terça-feira (25) e quarta (26), no Clube Comary, o 1º Colóquio do Ano da Alfabetização do Município de Teresópolis. Com o tema ‘Alfabetização e Literatura: encontros e possibilidades de Inclusão’, o evento contou com a participação de cerca de 500 professores, nos dois dias de reunião, e a presença do Prefeito Leonardo Vasconcellos.
“Esse é o papel do nosso governo, garantir a alfabetização na idade certa, com valorização dos professores e boas condições de aprendizagem para nossas crianças. Fazem parte desse pacto o projeto que lançamos, na semana passada, de acuidade visual e também da verificação da audição. Iremos percorrer todas as escolas para dar condições para que nossas crianças enxerguem bem e tenham boa audição”, afirmou o Prefeito.
Compromisso Nacional Criança Alfabetizada
O Colóquio foi um marco que teve como meta sinalizar o início do desenvolvimento de uma série de outras ações que visam à construção de uma Política Municipal de Alfabetização. A Secretaria Municipal de Educação é parceira do Ministério da Educação no Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA) e não vai medir esforços para que esse compromisso se traduza em cada movimento realizado nas salas de aula do município. Nesse sentido, a Literatura Infantil representa uma excelente estratégia de acesso ao mundo letrado e, por isso, neste evento, a Secretaria aliou discussão sobre Alfabetização e a Literatura Infantil engajada nesse processo.
A secretária de Educação, Carla Rabello, enfatizou que a alfabetização na idade certa deve ser uma prioridade de todos. “Nesses dois dias de evento, recebemos professores do 1º ao 5º Ano para fazer um convite muito especial, para que todos nós sejamos responsáveis pela alfabetização na idade certa, seguindo o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada e também com a recomposição das aprendizagens dos alunos do 3º ao 5º Ano. Esse é um movimento muito importante que não é restrito aos professores, mas também à equipe da Secretaria de Educação, aos pais e familiares, que sejam responsáveis conosco nesse empenho de alfabetizar todas as crianças até o 2º Ano”.
O CNCA é um movimento nacional e Teresópolis, com muito orgulho, está participando para que a gente possa, no futuro, ter jovens que saibam ler com mais desenvoltura e também compreender a importância do ato de ler e escrever. “Quando a escola assume o compromisso de alfabetizar na idade certa, nós garantimos que, no futuro, tenhamos menos evasão escolar, menos repetência, e jovens comprometidos com a escola, ocupando o seu lugar de fala”, frisou Carla Rabello.
A professora Daniele Antunes é responsável pela implementação do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada em Teresópolis. Daniele falou a respeito da proposta desse compromisso para a Rede Municipal de Ensino, que promoverá formações continuadas ao longo do Ano Letivo. Um momento especial que encantou a todos foi a leitura feita pelos alunos das escolas municipais Governador Portella, Israel Gabryel Fischer e Isaac Ennes Martins, e da Vera Pedrosa, Paulo Victor da Silva Cerqueira e a Alice dos Santos de Menezes.
Rodas de Conversa
As rodas de conversa, conduzidas pela escritora e ilustradora de Literatura Infantil, jornalista e professora, Ana Maria de Andrade, contaram com convidados especiais da Literatura e professoras especializadas em Alfabetização. Os debates sobre o tema ‘Alfabetização e Literatura: encontros e possibilidades de Inclusão’ tiveram como questões principais quais escolhas pedagógicas podem facilitar o processo de ensino e de aprendizagem das crianças sobre a língua escrita; que contribuições a Literatura tem a oferecer nesse sentido; e como o professor pode mediar esse processo com o intuito de garantir o acesso a esses dois bens culturais: a Literatura e a Alfabetização.
Na terça-feira, os debates tiveram a participação de Carla Cristina Goulart Farias, Mestra em Educação; Norma de Siqueira Freitas, Doutora em Literatura Comparada pela UFF (Universidade Federal Fluminense); Adriana Vital Santana, Pós-Graduada em Educação Especial e Inovação Tecnológica e responsável pelo Serviço de Educação Inclusiva do município; Patrícia Abreu, formada em Letras e pós-graduada em Psicopedagogia; e Bianca Jussara Borges Clemente, Doutora em Estudos Contemporâneos pelo Centro de Estudos Interdisciplinares, da Universidade de Coimbra – Portugal, e Mestra em Interdisciplinar de Linguística Aplicada pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Na quarta-feira, participaram da mesa de debates Thiago Dumard, que faz cultura há 25 anos e idealizador do Projeto Cultural Atitude. Thiago é um artista multimídia: ator, diretor, escritor, cartunista, dublador, compositor, músico, poeta e cantor. Estudante de Letras da UFF, já cursou Marketing pela Universidade Norte do Paraná e Artes pela Casa das Artes de Laranjeiras; Gabriela da Motta, formada em Letras pela Universidade Paulista, alfabetizadora de jovens e adultos pelo Ministério da Educação e autora do livro infantil ‘A pipa que não queria voar’; Líria Gonçalves Machado, Mestra em Educação pela UCP (Universidade Católica de Petrópolis); e Patrícia Abreu, formada em Letras e pós-graduada em Psicopedagogia.
Fotos: Jorge Maravilha e Jonathan Martins