Doado pelo Rotary, o aparelho diminui o tempo de cicatrização das lesões
Moradores de Teresópolis contam agora com um dos mais modernos aparelhos para o tratamento de feridas complexas. Batizado de CURAVAC, ele reduz o tempo de cicatrização e foi doado pelo Rotary Clube à Secretaria Municipal de Saúde. O equipamento será utilizado nos hospitais da cidade e na UPA 24 horas Nathan Garcia Leitão. Esta é a primeira válvula com essa função na Região Serrana.
“A técnica é bastante simples e impressiona por conseguir excelentes resultados, apesar de utilizar materiais básicos, como esponjas de antissepsia, papel adesivo, válvula reguladora de pressão e aspirador. Apesar do baixo custo para o padrão hospitalar, a eficiência é comprovada”, explicou a subsecretária de Atenção Básica, Dra. Edneia Martuchelli.
Doação
Profissionais do Núcleo de Feridas Complexas da Secretaria Municipal de Saúde, inaugurado em junho deste ano, identificaram a necessidade de incorporação de novas tecnologias para soluções na área de cicatrização de feridas. A partir daí, a Dra. Edneia Martuchelli, junto com as enfermeiras Andrea Juliana e Renata Azevedo, e a farmacêutica Claudine Paula, propuseram ao Rotary Clube Teresópolis a doação de um aparelho de cicatrização a vácuo para o tratamento de feridas complexas, o CURAVAC.
Nesta terça-feira (4), associados do Rotary Teresópolis estiveram na Secretaria de Saúde para fazer a entrega ao secretário da Pasta, Mauro Botner, e à equipe do setor, da válvula Curavac e assessórios. “O agradecimento ao Rotary Clube Teresópolis não poderia deixar de ser feito, e enfatizar que parcerias com o setor privado são sempre bem vindas e quem ganha é a população. Temos a certeza de que essa doação só acrescenta na melhoria da atenção à saúde no município”, disse o secretário Mauro Botner.
CURAVAC
O procedimento de cicatrização a vácuo foi desenvolvido no Hospital da Universidade de São Paulo (USP). Exige internação e apenas profissionais treinados podem avaliar a situação e indicar essa terapia. A técnica não é indicada para lesões superficiais. O custo-benefício da Curavac só se justifica quando o paciente apresenta feridas complexas e mais profundas. Devido à extensão, essas lesões não cicatrizam com os curativos habituais, podendo provocar problemas permanentes.
A Curavac, ou cicatrização a vácuo, não pode ser considerada um tratamento definitivo. Porém, ela atua como uma terapia intermediária, que favorece a formação da cobertura de pele definitiva.
Benefícios
- maior conforto para o paciente, que não precisa sofrer com a dor da troca constante de curativos;
- redução do número de curativos e de ocupação dos profissionais de enfermagem, que ficam disponíveis para outras tarefas;
- fechamento mais rápido da ferida, com redução de gasto de dia-leito e;
- redução do tempo de internação e do uso de antibióticos.
Portanto, quer o ferimento ocorra por trauma ou haja dificuldades de cicatrização devido à ocorrência de diabetes, por exemplo, os pacientes já podem ter a segurança de que existe técnica capaz de promover a solução em situações de gravidade acentuada.
Texto: AscomPMT
Fotos: Jorge Maravilha