Soluções alternativas para tratamento de esgoto de forma sustentável em comunidades em situação de vulnerabilidade social e ambiental. Esse foi o assunto abordado nesta quarta (12), pelo engenheiro agrônomo Jay Marinus Van Amstel e o engenheiro ambiental e sanitarista Tito Cals, palestrantes do ‘Quartas Ambientais’, projeto da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
Realizado no auditório da Secretaria de Educação, o encontro reuniu engenheiros agrônomos, ambientalistas líderes comunitários e pessoas interessadas no tema.
Um dos projetos apresentados foi o de biossistema, em que os resíduos passam pelo biodigestor, uma câmara inteiramente fechada, onde não há entrada de oxigênio, o que favorece a proliferação de bactérias que digerem a matéria orgânica presente nos esgotos domésticos, gerando, em contrapartida, biogás.
Parte da matéria orgânica degradada se deposita no fundo do biodigestor, de onde é removida de tempos em tempos de acordo com o volume do sistema instalado e encaminhada a caixa de compostagem, podendo ser utilizado como fertilizante, empregado em plantações de frutíferas. Além do ganho ambiental do projeto, há também os ganhos sociais.
“Temos alguns trabalhos em comunidades no Rio de Janeiro. Umas em condição inicial e outras já estabelecidas. A gente trabalha com a noção de tecnologia social e ambiental, construída junto com a comunidade. Não é um pacote tecnológico formatado e fechado, é uma forma de trabalhar diferente, na perspectiva de inovação social, e que inicia sempre pela interação com a comunidade local, para partir para soluções possíveis”, explicou Jay Marinus.
Lançado há 9 anos pela Secretaria de Meio Ambiente, e retomado na gestão do Prefeito Vinicius Claussen, o projeto ‘Quartas Ambientais’ tem como proposta a realização de palestras mensais com o intuito de conscientizar a sociedade sobre a necessidade da preservação ambiental para a qualidade de vida da população.
Foto: Sidney Pontes