Música na Matriz e o emocionante Conjunto de Flauta da Grota

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A flauta é do povo! 

Música na Matriz apresentou o emocionante Conjunto de Flautas da Grota, formado por jovens da Grota do Surucucu, em São Francisco, Niterói 

CONJUNTO DE FLAUTAS DA GROTA foto 1a 7 AGO 2016A Igreja de Santa Teresa abriu suas portas no domingo, 7, para a música renascentista inglesa e a popular brasileira do Conjunto de Flautas da Grota. Formado por crianças, jovens e adultos da comunidade da Grota do Surucucu, em São Francisco, Niterói, o grupo vem desenvolvendo, neste ano de 2016, um programa variado.

A apresentação se inicia com músicas inglesas do Renascimento, comemorando os 500 anos da publicação do livro “Utopia”, de Thomas Morus — com direito até a uma composição do Rei Henrique VIII, mais conhecido pelas seis esposas, “Past Time in Good Company” (“Tempos Antigos em Boa Companhia”, numa tradução livre).

O conjunto de flautas doces foi regido pela professora Lenora Mendes, formada em Música pela UFRJ. Um pequeno conjunto de percussão acompanhou o grupo.

A primeira parte trouxe à plateia toda a atmosfera da música e da dança medievais, como se todos estivessem num filme de época. “Courtly Masquing Ayres” foi a primeira composição tocada pelos 25 integrantes que vieram a Teresópolis se apresentar na Matriz. Em seguida, o grupo tocou temas de duas danças camponesas inglesas. Depois, cinco integrantes do conjunto apresentaram três movimentos de um “Concerto Para Quatro Violinos”, do italiano Vivaldi, transcrito para cinco flautas doces.

A segunda parte do programa foi dedicada à música brasileira, começando com “Anunciação”, de Alceu Valença, passando por três cirandas brasileiras populares; “A Banda”, de Chico Buarque, e “Esperando na Janela”, de Gilberto Gil. No meio desse “caminho”, o grupo executou uma versão para flautas doces do tango “Por Una Cabeza”, de Carlos Gardel. E fechou formalmente sua apresentação com o “Xote das Meninas”, de Luiz Gonzaga, e uma homenagem a Sivuca, falecido há dez anos, “Feira de Mangaio”, uma de suas mais conhecidas composições, imortalizada na voz de Clara Nunes. Mas a plateia não deixou o grupo se despedir e pediu “bis”. No que foi atendida com a execução de “Que Nem Jiló”, também de Luiz Gonzaga. Sucesso total! 

Texto e fotos: Secretaria Municipal de Cultura