Folias de Reis: um Messias e até a memória de
Ayrton Senna animaram a Feirinha do Alto no domingo
Neste domingo, dia 5, se apresentaram na Feirinha do Alto, a partir das 15h30, a Folia de Reis Estrela Guia, de Cruzeiro, e a Folia Estrela Marte do Oriente, de Independente de Mottas – as duas remanescentes de uma tradição que já teve cerca de dez representantes na cidade. Iniciativa da Secretaria Municipal de Cultura, o evento contou com a parceria da Secretaria Municipal de Trabalho, Emprego e Economia Solidária.
“Nossa intenção é, aos poucos, recuperar todo o movimento cultural de Teresópolis. E a Folia de Reis é uma tradição da cidade e do País. Aliás, um País que não tem tradição, não cultua sua história, perde um pouco o valor da vida. Resgatando a Cultura, a gente cria uma sociedade melhor”, explicou o secretário de Cultura de Teresópolis, Márcio de Paula, no palco montado na Praça de Alimentação da Feirinha.
“Parabenizo o secretário de Cultura, Márcio de Paula, por esse evento belíssimo, realizado com o máximo empenho e criatividade e a custo zero para o município”, enalteceu o secretário de Trabalho, Marcus Vinícius Ramos (Marcão), que colaborou com a apresentação apoiando a logística e a cessão do espaço.
Muita gente se juntou em frente ao palco e, assim que a primeira Folia iniciou sua apresentação, com o Mestre Reginaldo Lopes comandando e Maria de Nazareth como porta-bandeira, começaram a espocar os “cliques” dos celulares e máquinas fotográficas. A Folia Estrela Guia foi fundada há 35 anos e possui cerca de 20 foliões. No domingo, foi representada por 11 integrantes. “A curiosidade é que esta é uma folia basicamente familiar. Quase todos são parentes. E está em franca expansão, pois hoje nasceu o mais novo membro, João Antônio! Que seja bem-vindo!”, comemorou a apresentadora Nara Zeitune, atriz, conselheira estadual de Cultura e funcionária da Secretaria de Cultura de Teresópolis.
Palhaço fã de Fórmula-1
A segunda a se apresentar foi a Folia de Reis Estrela Marte do Oriente, de Independente de Mottas, no 3º Distrito, que tem 34 anos de existência e também cerca de 20 componentes, além do palhaço com o curioso nome de Messias. Liderada pelo Mestre Hélcio e a porta-bandeira Lecy, sua apresentação teve o mesmo número de integrantes (11) e o mesmo sucesso da anterior, continuando o ritual dos celulares e máquinas registrando o espetáculo. Em ambas as exibições, uma tradição dentro da tradição foi cumprida à risca: muita gente prendia notas de reais à bandeira, para colaborar com a Folia, como é de costume. No palco, o “folião” mais novo, Caíque, de 11 anos, tocando cavaquinho, era a concentração em pessoa.
No final, uma “performance” surpreendente: o Palhaço Messias declamou um longo “repente” sobre as glórias e a morte do piloto de Fórmula-1 Ayrton Senna, mostrando que até a tradição tem seus momentos de modernidade.
Uma ideia portuguesa, com certeza!
O ritual da Folia de Reis teve início em Portugal e reproduz a viagem dos Três Reis Magos a Belém. As apresentações acontecem por meio de uma narração, feita através da música, com utilização dos mais variados instrumentos. Muitas são acompanhadas por palhaços diferentes dos de circo: eles representam os soldados do Rei Herodes.
Fotos – AscomPMT
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