Secretaria da Mulher encerra campanha 16 Dias de Ativismo com palestra sobre violência contra crianças e adolescentes

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A Secretaria Municipal dos Direitos da Mulher encerrou a campanha “16 Dias de Ativismo – Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres”, com a palestra ‘Crianças: um comportamento, um pedido’, ministrada pelo policial/médico, Robson Correa. Voltada para os professores, a preleção aconteceu no auditório da Secretaria Municipal de Educação, em Agriões, nesta segunda-feira (10), Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Durante a explanação, Robson compartilhou experiências sobre o assunto dentro da sua área de atuação e apresentou indicativos de como acontecem os abusos, formas de identificá-los, como agir, consequências para a vítima e ainda a importância da denúncia.

“Esses atos estão sujeitos a acontecer em todos os lugares e em qualquer classe social, embora a maior parte deles seja registrada em regiões mais vulneráveis e em famílias disfuncionais”, informou o policial/médico.

Robson também destacou a importância da escola para detectar casos de abuso. “Os professores são o ponto chave, a maior chance para essas crianças e adolescentes, porque convivem muito tempo com eles durante o dia e ao longo do ano. É importante salientar que o meio pelo qual mais recebemos as denúncias é pela rede de proteção, que envolve Conselho Tutelar, instituições de atendimento à criança e ao adolescente e anonimamente, mas dificilmente por meio da família, até porque, estatisticamente, muitas vezes o abusador é um familiar”, revelou.

Para Rodrigo Avelar, professor do 4º ano na escola Municipal Guilhermina de Almeida, em Água Quente, no 2º Distrito, o evento foi um grande alerta e um momento de reflexão. “Precisamos estar atentos para identificar a violência e denunciá-la. Claro que não podemos generalizar todo comportamento diferente na escola, mas ter um olhar mais atencioso”, disse o professor.

A Secretária dos Direitos da Mulher, Patricia Falcão, falou sobre os resultados da campanha. “Tivemos várias atividades durante os 16 dias, rodas de conversa nos Centros de Referência de Assistência Social, palestras abertas ao público e outras direcionadas a um público específico, como a de hoje. Acredito que atingimos nossos objetivos pela quantidade de mulheres que nos procuraram após os encontros, sempre interessadas em saber mais sobre os assuntos”, concluiu.

Texto: Gisele Barreto
Foto: Jorge Maravilha