Nova geração do highline carioca faz travessia a mais de 500 metros de altura dentro do Parque Nacional

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Com cerca de 1600 metros a nível do mar e a mais de 500 metros de altura do solo, um grupo de 12 escaladores esticou, na última semana, uma corda entre as montanhas Cabeça do Peixe e Dedo de Deus, no Parque Nacional Serra dos Órgãos, e alguns deles percorreram a distância de 328 metros sobre esta linha.

A proeza se trata do highline, prática esportiva de atravessar uma fita flexível amarrada em dois pontos fixos em alturas elevadas, superiores a 20 metros.  É a modalidade mais radical e perigosa do slackline, que vem ganhando espaço em todo o Brasil e seduzindo pessoas cada vez mais jovens. Para quem gosta de aventura, o highline é o esporte da vez, exigindo muito equilíbrio e coragem dos atletas.

Praticando o highline há pouco mais de um ano, Vitor Henrique Martins (26 anos), de Teresópolis, participou da escalada rumo ao pico das duas montanhas para fazer a travessia. “Só em chegar lá em cima, carregando tanto peso, já é uma vitória. É preciso ter um bom condicionamento físico e estar mentalmente tranquilo para andar na linha. A sensação é indescritível. Tem gente que até chora de tanta adrenalina e emoção! Eu sinto uma paz enorme lá em cima”, descreveu o rapaz.

Amante das escaladas, o subsecretário municipal e guia de Turismo, Henrique Silva, falou da visibilidade que a modalidade traz para o município. “Teresópolis é uma cidade abençoada, repleta de belas  montanhas para a realização desse e de outros esportes. É considerada a capital nacional do montanhismo e o feito da travessia dá uma repercussão grande da cidade porque o slackline é hoje reconhecido mundialmente”, relatou Henrique.  

Apesar de estar virando moda no mundo, o highline é considerado um esporte de alto risco, por isso, é muito importante a prática com os equipamentos recomendados de segurança. A diferença da altura da fita em relação ao solo gera riscos que precisam ser conhecidos e superados com equipamentos necessários e a preparação de cada atleta.

Fotos – Vitor Henrique Martins